A dança é uma das formas de expressão artísticas mais antigas do mundo. Ao longo dos vários séculos, diferentes linhas de dança se desenvolveram. O ballet contemporâneo é uma delas.
Você pratica clássico e gostaria de saber mais sobre o contemporâneo, ou vice-versa? Pois saiba que essas duas linhas têm histórias riquíssimas. Quer entender melhor quais a história de cada uma e as diferenças entre elas? É só continuar neste post até a última linha!
O que é o ballet clássico?
O ballet clássico é uma manifestação artística que surgiu no século XVI, quando a italiana Catarina de Medici, casada com o francês Henrique II, encomendou um espetáculo para o casamento de sua sobrinha.
O espetáculo de cerca de cinco horas — haja fôlego! — ditou uma nova moda na corte francesa. No século XIX, era do Romantismo, o balé passou a fazer menos sucesso na Europa Ocidental. Mas na Rússia, o czar estava apaixonado por essa arte e resolveu investir.
Foi nessa época que Marius Petipa foi contratado como coreógrafo em São Petersburgo. Petipa é hoje conhecido como o pai do balé clássico, pois criou técnicas e coreografias que são remontadas até hoje. São dele, por exemplo, O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes.
O que é o ballet contemporâneo?
O ballet contemporâneo surgiu como uma resposta de insatisfação dos bailarinos e coreógrafos à rigidez do balé clássico. O contexto era o início do século XX.
Com o início da Primeira Guerra, as pessoas passaram a sentir que os temas e a linguagem do clássico já não comunicava os sentimentos que elas tinham. A técnica rígida também não comportava os corpos que queriam se expressar mais livremente.
A coreógrafa e bailarina estadunidense Isadora Duncan foi a pioneira no novo estilo. Basicamente, ela criou uma linha de dança que era exatamente o contrário do balé clássico, desde às apresentações com bailarinos descalços até a inserção do humor na dança de palco.
Outros grandes coreógrafos, como Martha Graham e o mexicano José Limon são considerados nomes de referência no ballet contemporâneo e ajudaram a sacramentar o estilo.
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Quais as principais diferenças entre eles?
As diferenças entre o balé clássico e o contemporâneo são gritantes, principalmente porque o segundo nasceu como uma negação do primeiro. Vamos explorar alguns pontos em detalhes.
Representação do artista
No balé clássico, o artista em palco tem um script rígido elaborado pelo coreógrafo. Ele pensa não sós nos passos que o artista deve executar, mas também nas emoções que ele precisa transmitir em cada cena.
Já no contemporâneo, os artistas têm maior liberdade no palco. Mesmo quando há coreografias, os bailarinos podem escolher como interpretá-la, de acordo com a sua própria visão da obra e os seus sentimentos.
Liberdade de interpretação
Uma das maiores características do balé clássico é a rigidez com os movimentos, que devem ser executados de forma perfeita e de acordo com uma técnica muito bem descrita ao longo dos anos.
O balé contemporâneo rompeu com essas regras, dando aos bailarinos uma maior liberdade de interpretação. Mais importante do que ter o joelho flexionado no ângulo certo é dançar transmitindo as emoções do momento.
Noção de estética
A estética no balé clássico e no contemporâneo é diferente em vários sentidos. Uma das diferenças mais gritantes é nos figurinos. Enquanto os bailarinos de clássico costumam usar trajes românticos, muito elaborados e cheios de camadas, os bailarinos de contemporâneo vestem roupas bem parecidas com as de ensaio.
Outra diferença estética está na relação com o corpo. O balé clássico interpreta que o bonito é o corpo humano levado ao seu limite, executando movimentos que desafiam as leis da física, pés muito esticados, total disciplina.
O contemporâneo vê beleza na fluidez e em movimentos mais orgânicos. Por isso, os pés em flex passaram a fazer parte das coreografias, e os movimentos mais fluidos também.
Apesar de todas as diferenças, o ballet contemporâneo é derivado diretamente do clássico. Por isso, as duas linhas têm também muitas coisas em comum. A principal delas é encantar os apaixonados por dança no mundo todo!
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